Lannoy Dorin
Numa pesquisa que fizemos há algum tempo, alunas de uma escola de nível médio indicaram os seguintes tipos de mãe:
1-Mãe superprotetora. É aquela que faz tudo pela criança e não a deixa pensar, decidir e agir sozinha. É a mãe loba, a mãe de miss, que amamenta e protege, mas que também impede o processo de individuação da filha (ou do filho), o processo de busca da auto-identidade da criança e da jovem.
As conseqüências de comportamentos superprotetores da mãe são as mesmas dos comportamentos de rejeição: a criança é insegura, dependente e incapaz de resolver seus próprios problemas e integrar-se na vida social.
Esse tipo de criança insegura espera de sua professora o que sua mãe faz por ela, mãe que, quando a filhinha briga na escola, sem saber das reais razões, volta-se contra a professora e a diretora
2-Mãe agressiva. Soltando fogo pela boca o dia todo, esta mãe, poço de conflitos e frustrações que vêm desde a infância, contesta tudo que a criança diz, sente ou faz. Não conversa com os filhos e pensa que o castigo modifica a conduta deles. Exige antes de dar e pune antes de perguntar. Aconselhar? Isto está fora de seu estilo.
A criança que tem uma mãe agressiva teme quem teria de amar. Você já pensou que influência tem isso no comportamento daquela que no futuro será namorada, depois mãe e mais tarde avó?
Na escola, a criança vítima desse tipo de mãe é a agressiva com as colegas mais fracas e medrosa e apática em relação às mais fortes. Por exemplo, em atividades de grupo, esconde-se, para evitar as mais impulsivas, e nas atividades ordenadas pela professora é apática, isto é, não faz as lições senão a muito custo.
A criança filha de mãe agressiva não aprende a se relacionar socialmente de modo sadio e vive desconfiada de todo mundo. Não chora, mas não ri. É amarga e apenas sorri quando algo de ruim acontece com as outras meninas.
3-Mãe autoritária. É a que vive "pegando no pé" dos filhos. Perfeccionista, impõe e cobra um comportamento adulto da criança. Não deixa a filha brincar e é incapaz de sorrir. A conseqüência disto é uma criança dependente, que se isola para evitar a mãe "militar" e pessoas que dão ordens. Na escola, só obedece quem fala mais alto, quem realmente manda e castiga se não for obedecida. Porém, quando surge uma oportunidade para agir sem ser observada, é destrutiva.
Assim como a filha da mãe agressiva é revoltada, a da autoritária é destrutiva.
4-Mãe tímida. É a quieta e tristonha, fechada e infeliz. Quase não se comunica. Ora tem medo de ser dominadora e exigente, ora de ser permissiva e bondosa demais. Enfim, está sempre dizendo, sentindo e agindo de modo oposto ao que diz sua razão, seu ego.
No relacionamento com marido e filhos, é pessoa apagada e incapaz de levar adiante um diálogo. E quando tenta se relacionar consigo mesma, vê-se corno um ser vazio, que tem medo de sondar as causas de sua vida sem sentido.
A criança com mãe desse tipo tem medo de falar, de conversar, entabular relações afetivas mais duradouras. Vive fechada em seu mundo oco, uma espécie de casa grande vazia. Encapsulada, vive entre aspas, um mundo imaginário. Lamenta o passado, sonha com o futuro e não consegue viver o presente. Será o adulto que viverá só para si; será ensimesmado e improdutivo em termos de vida social.
5- Mãe "histérica". É o modelo da pessoa chamada neurótica. Vive gritando, porque não sabe dialogar, e quando sua insegurança atinge o máximo, representa o papel de criança, que ninguém entende, que sofre e que exige carinho.
A dita neurótica é a pessoa que não vive, mas representa que vive, tal qual uma atriz no palco. Tem reações infantis quando se vê frustrada ou em conflito. E não raro tem dores por todo a corpo e paralisias nos membros.
Com mãe imprevisível como essa, a criança vive assustada, de olhos arregalados e mãos tremendo. Se não ficar gaga, terá tiques nervosos, como o piscar demais. Com tendência à obesidade, comerá demais quando ansiosa. Se for do tipo magro, será esquelética e pálida.
Imitando a mãe, a criança "histérica" será desobediente para chamar a atenção e terá uma vida exterior aparentemente saudável: fala, grita, brinca, etc., mas nunca revela seu mundo interior, que é o oposto do que ela apresenta.
O oposto da criança acima, ou seja, a que não segue a mãe, é a retraída, tímida, quieta, ausente e... infeliz.
6- Mãe adulta. Responsável, ensina as crianças pelo exemplo. Sabe a hora de brincar e a de falar sério. Dialoga com os filhos adolescentes. Não se opõe ao marido na frente dos filhos e exige dele o mesmo respeito. Quer ordem e disciplina, mas não através de ameaças de castigo. É capaz de mostrar na prática que algumas regras são básicas para uma vida organizada. Ponderada, nunca julga à primeira vista. Contesta e aceita ser contestada, respeitosamente. Não transmite aos filhos preconceitos e não discrimina as pessoas pelas aparências, idéias ou sentimentos. Vibra com o sucesso dos filhos, porque é amiga e caminha com eles. Em suma, entende o que seja mutualidade. Por isso dá antes de exigir. Não impõe demais e nem faz chantagem. Caminha para a frente e os filhos vão atrás, queira ou não o marido. Faz pelos outros o que serve para fortalecê-la. Por ex., ao ajudar o próximo percebe que só dá quem tem, e esse ato engrandece o doador. E educadora e terapeuta. Transforma o mundo que a cerca, e nessa luta se transforma para melhor. Não vive das sombras do passado e nem das ilusões do futuro. Tem os pés no chão. Segue o Torá: “Não faças a teu próximo o que a ti te resulta odioso”.
A criança que tem uma mãe adulta, na escola será sociável, amistosa, alegre e produtiva. Exercerá algum tipo de liderança, sem dúvida, mas saberá respeitar a individualidade dos colegas. Não agride ninguém, mas sabe dar o troco se for agredida. Responsável, aceita seus erros, mas não fica a se lastimar. Olha para a frente e assume seu novo papel.
Como a mãe adulta não é egocêntrica, vai ensinando a filha a ser autônoma, não dependente, autêntica, sociável e objetiva.
Na verdade, esses não são tipos de mãe, mas sim traços, características que todas as mulheres e todos os homens possuem. Ao apontar uma mãe como histérica ou autoritária, a adolescente está realçando um traço, um atributo que é bem periférico, perceptível. freqüente. Mas, como disse o Mestre, “não julgues para não seres julgado". O melhor é não julgar, mas discutir.
Em Psicologia Clínica não se analisam os traços das pessoas como bons ou maus. O psicólogo clínico (psicoterapeuta) não é um moralista, figura antipática por natureza. Ele ajuda o cliente a avaliar-se, a ver se seus traços de personalidade mais estáveis estão permitindo um viver saudável.
www.comportamentohumano.net
Parabéns a todas as mães por seu dia!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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